PetroRio amplia investimentos em produção e estuda comprar ativos da Petrobras.
Em um mercado com cada vez mais ativos à venda, algumas empresas brasileiras nadam contra a corrente e aproveitam o momento de crise para investir em projetos de produção a curto prazo.
É com essa visão que trabalha hoje a PetroRio, companhia que vem concentrando esforços na ampliação de sua produtividade e busca adquirir novos campos para se consolidar em uma futura retomada do setor de óleo e gás. A petroleira, responsável por uma produção média de 9 mil barris por dia no campo de Polvo, na Bacia de Campos, busca atingir a marca de 100 mil barris diários até o final de 2016 e avalia a compra de áreas que estejam iniciando sua vida útil.
De acordo com o diretor de Projetos da PetroRio, Nelson Queiroz Tanure, a empresa estuda adquirir ativos da Petrobras para ampliar sua carteira de projetos, que, além de Polvo, conta apenas com os campos de Bijupirá e Salema, ainda com sua aquisição pendente na Agência Nacional do Petróleo (ANP). A expectativa da companhia é de que a liberação aconteça já no primeiro trimestre deste ano, o que deverá elevar sua produtividade para o patamar dos 30 mil barris por dia.
Apesar das perdas econômicas com o baixo preço do barril de petróleo, a empresa projeta metas otimistas para 2016. Segundo o diretor Financeiro, de Novos Negócios e Relações com Investidores, Blener Mayhew (à esq.), a expectativa é de que a companhia termine o ano com um faturamento entre US$ 800 milhões e US$ 1,5 bilhão. Além da geração de caixa com novas entradas em produção, a PetroRio dá continuidade ao corte de gastos e renegociação de contratos no campo de Polvo, que desde 2014 apresentou uma queda de US$ 75 milhões em seu custo total. A petroleira vem adaptando suas operações a um modelo mais enxuto e eficiente, de acordo com o diretor de Operações, Roberto Monteiro (à dir.). Embora menores, os cortes aplicados ao longo deste ano deverão reduzir em até 30% o custo total da empresa.
Fonte: JB online