A Agência Espacial Brasileira (AEB) se mostra presente nos desdobramentos para incentivos ao ‘space farming’, também conhecido como fazendas espaciais, iniciativa da Nasa com contribuições da Embrapa. Em entrevista ao CB.Agro — parceria entre Correio e TV Brasília — desta sexta-feira (8/12), o presidente da AEB, Marco Antonio Chamon, explica que para tal projeto, que é novo no espaço agrônomo brasileiro, reforços e apoios financeiros são imprescindíveis.
“A Agência Espacial Brasileira é uma agência pequena com 150 pessoas e temos um orçamento pequeno, por volta de 100 milhões de reais para 2024. Este ano tivemos a oportunidade de aportes externos do próprio orçamento utilizando o Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia (FNDCT), com o valor de 850 milhões de reais. Mesmo assim, precisamos de mais orçamento e mais pessoas para coordenar todas as atividades”, esclarece Marco.
O presidente acrescenta que os concursos devem ocorrer em 2024, e que espera “ganhar uma boa porção de reforço para a agência”.
Veja a entrevista na íntegra:
Para incentivar a pesquisa e divulgar a atividade agrônoma nova no país, o Congresso Brasileiro de Agricultura Espacial deve ser implantado na agenda de eventos do próximo ano. “O Brasil tem uma qualidade acadêmica muito grande, e é na área de agricultura espacial, que embora seja nova, que traz vários conhecimentos e especialidades. Precisamos de pessoas. Esse primeiro congresso é para chamar e abrir o leque para que outros grupos possam vir”, reitera o presidente da AEB.
Nas perspectivas para 2024, além da agricultura espacial, a agência planeja contar com o lançamento da base de Alcântara. ” E temos um outro lançamento, também na base da Alcântara, de uma empresa sul-coreana. A base se abre para grandes lançamentos internacionais e uma das melhores localizações para lançamento de satélites”, conclui Marco.
A Base de Alcântara está localizada no Maranhão. A posição é estratégica e por estar próxima da Linha do Equador a gravidade é menor, com isso, o lançamento de foguetes da base precisa de menos combustível, o que torna o processo mais barato que lançamentos realizados pela Nasa no Cabo Canaveral, na Flórida, ou em agências da China, Índia e outras nações.
*Estagiária sob supervisão de
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Receba notícias no WhatsApp
Receba notícias no Telegram