Um grupo de estudantes da Escola Técnica Estadual Professor Paulo Freire, em Carnaíba, no Sertão de Pernambuco, venceu a competição nacional Solve For Tomorrow 2024 com um protótipo de um filtro para tratamento de água contaminada das casas de farinha do município.
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O “Filtropinha”, filtro de baixo custo à base de cascas da fruta-pinha com o objetivo de reduzir a poluição da manipueira (líquido extraído da mandioca) e desenvolver um biofertilizante, minimizando danos ambientais. A solução é capaz de tratar a água contaminada por resíduos sólidos, tornando-a potável e reutilizável, reduzindo o impacto ambiental e gerando valor a partir do que antes era considerado lixo.
Com o projeto, o grupo ocupou o primeiro lugar na categoria Vencedores Nacionais da competição e foi premiado em uma cerimônia que aconteceu em São Paulo nesta terça-feira (3). A iniciativa é conhecida nacionalmente por estimular alunos e professores da rede pública de ensino a criarem protótipos inteligentes e inovadores por meio da abordagem STEM (sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática), a fim de solucionar problemas e demandas da sociedade.
Filtropinha
O projeto foi pensado para solucionar problemas enfrentados nas casas de farinha do Quilombo do Caroá, no município de Carnaíba, que um grupo de alunos desenvolveu o Filtropinha, um filtro absorvente à base de cascas de pinha que é capaz de reduzir a carga poluente da manipueira, resíduo tóxico gerado na produção da farinha de mandioca.
O líquido amarelado contém ácido cianídrico, que contamina o ecossistema e pode causar problemas de saúde, como dores de cabeça, tonturas e falta de ar. Estes sintomas já estavam sendo apresentados por vários trabalhadores da comunidade quilombola.
“A problemática foi identificada por algumas alunas que são da comunidade. Em muitos casos, o pessoal das casas de farinha trabalha sem nenhum equipamento de proteção e não conhece os riscos da manipueira, pois nunca foi ensinado que esse material polui e prejudica o meio ambiente”, explica o professor Gustavo Bezerra, orientador do projeto.
“A problemática foi identificada por algumas alunas que são da comunidade. Em muitos casos, o pessoal das casas de farinha trabalha sem nenhum equipamento de proteção e não conhece os riscos da manipueira, pois nunca foi ensinado que esse material polui e prejudica o meio ambiente”, explica o professor Gustavo Bezerra, orientador do projeto.