Nesta terça-feira (31) a revista norte-americana publicou uma matéria onde analisa que duas semanas depois do afastamento da presidente Dilma Rousseff e posse do vice-presidente Michel Temer, o Brasil não mudou muito. No plano econômico, o PIB do Brasil ainda prevê um declínio de 3,8% este ano. A inflação deverá ficar pior, ou seja, o Banco Central do Brasil tem uma tarefa muito mais difícil do que cortar as taxas de juros.
Segundo a reportagem, os custos de locação de imóveis subiram 11,09% nos últimos 12 meses, em São Paulo. Só em abril, o aluguel subiu 10%. O relatório semanal do Banco Central, divulgado na segunda-feira (30), sugere aumento da inflação para 7,06% ao invés da estimativa da semana anterior de 7,04%. Sendo que antes do impeachment, o índice registrou aumento de 6,9%. Ainda assim, no próximo ano pode ser um pouco melhor se novo governo interino do Brasil pode melhorar o seu peso da dívida e aprovar reformas significativas de longo prazo, incluindo o aumento da idade da reforma e algumas reformas trabalhistas muito disputado ainda em seus estágios de planejamento. O governo Temer disse que estava discutindo mudanças nas leis trabalhistas com líderes sindicais.
O crescimento econômico ainda pode aumentar no próximo ano, mas não muito, diz a Forbes. Os brasileiros podem contar com um crescimento de 0,55% em 2017, que está perto da meta de crescimento de 0,5% previsto antes de Dilma ser afastada.
Os ex-aliados de Dilma, acusados por ela de orquestrar um golpe contra a democracia do país, estão sendo investigados por evolvimento na operação lava-jato, mas a negligência grosseira de Dilma, enquanto presidente do conselho de administração da Petrobras em 2010 ajudou o setor privado a saquear a gigante do petróleo, destaca a Forbes.
A Forbes argumenta que os problemas da Petrobras são os problemas do Brasil. Pelo menos 30.000 pessoas no setor de serviços de petróleo e gás e no setor da construção, que tinham contratos com a Petrobras perderam seus empregos nos últimos 12 meses. A Petrobras disse em abril que iria tentar demitir 12.000 trabalhadores voluntariamente ao longo dos próximos quatro anos para economizar US $ 9 bilhões. A petrolífera tem mais de US $ 130 bilhões em dívidas, a maior dívida de qualquer empresa de petróleo do mundo.
Nos últimos cinco anos, o mercado de ações do Brasil teve o pior desempenho dos países do BRICs, finaliza o texto da Forbes.