De janeiro a março deste ano, foram registrados 49.690 raios no Distrito Federal — sendo 17.927 em janeiro, 8.583 em fevereiro e 23.180 em março. Os dados são do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (ELAT/Inpe). Isso representa uma média de 546 raios por dia. Os números são inferiores aos do mesmo período do ano passado, quando ocorreu o total de 97.785 raios, mas ainda assim há muitos transtornos.
Este ano está sendo marcado, até o momento, por chuvas intensas. Uma das consequências são episódios de queda de energia elétrica, que, por sua vez, podem resultar em danos a eletroeletrônicos e eletrodomésticos.
Em 19 de março, a moradora do Lago Sul Natalia Valle, de 34 anos, enfrentou esse problema. Naquele dia, a região foi atingida por uma tempestade. Várias casas sofreram apagão. Quando a energia voltou, a televisão não funcionou, apesar de estar desligada na hora da chuva. “Tem filtro de linha na televisão, mas descobri que não é o suficiente. Tive um prejuízo de R$ 3 mil”, recorda a moradora, que viajou posteriormente e ainda não mandou consertar o equipamento. “Nosso filho, Luca, de 2 anos, assistia desenhos todas as manhãs e é ele quem mais sente falta da televisão”, lamenta.
Natalia Valle vai gastar R$ 3 mil no conserto da televisão, que queimou em decorrência de queda de energia
Euclides Lourenço, doutor em engenharia elétrica e pesquisador da Unicamp, indica que é necessária a instalação de pontos de aterramentos eficientes, dentro dos padrões estabelecidos. “São obrigatórios para condomínios residenciais e todo tipo de infraestrutura conectada à rede elétrica”, explica.
Para os moradores, existem possibilidades como os nobreaks — dispositivos de proteção que possuem bateria para auxiliar em caso de quedas ou variações de energia, devidamente aprovados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). O especialista, que também é membro sênior do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), destaca que, se o equipamento já foi queimado durante as tempestades, o ideal é procurar pela rede credenciada do fabricante para o reparo.
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Ele ressalva que, mesmo com o uso dessas ferramentas, devido à aleatoriedade dos raios e à complexidade das redes elétricas, não existe uma solução 100% eficaz, apesar da grande redução de chances de estragos. “Para evitar danos, o ideal é desconectar os aparelhos