Esteves Colnago se tornou réu por fraudes em fundo de pensão. A investigação faz parte da Operação Greenfield

O juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Oliveira, aceitou a denúncia contra o ex-ministro do Planejamento Esteves Colnago, atualmente assessor especial do ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele e outras 28 pessoas se tornaram réus por fraudes nos principais fundos de pensão de empresas estatais e privadas. A investigação faz parte da Operação Greenfield.

De acordo com os investigadores do Ministério Público Federal no Distrito Federal, os 29 gestores dos fundos Petros (Petrobras), Funcef (Caixa Econômica), Previ (Banco do Brasil) e Valia (Vale) participaram de investimentos irregulares da Sete Brasil.

A empresa – que seria responsável pela construção de sondas para a exploração do pré-sal – recebeu aportes por meio de um fundo de investimento específico. As operações, segundo o Ministério Público, causaram um prejuízo de R$ 5,5 bilhões.

À época da aprovação dos aportes, Colnago participou do conselho deliberativo da Funcef. Ele também foi ministro do Planejamento durante o governo do ex-presidente Michel Temer.

Para Vallisney, “o MPF produziu e apresentou a este Juízo peça acusatória formalmente apta, acompanhada de vasto material probatório, contendo a descrição pormenorizada contra todos os denunciados (então dirigentes, conselheiros e responsáveis pelos investimentos no âmbito da Petros, Funcef, Previ e Valia), como incursos no delito de gestão temerár

Outro lado

O Ministério da Economia afirmou, em nota, que Conalgo está à disposição da força-tarefa da Greenfield, do Ministério Público Federal, para prestar os esclarecimentos relacionados à gestão dos fundos de pensão.

“O assessor esclarece que todas as atividades exercidas como membro do Conselho Deliberativo do Fundação dos Economiários Federais (Funcef) ocorreram em consonância com o regimento interno e demais normas legais”, diz a nota.

O texto ressalta que “cabe lembrar” que “está em tramitação, na Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), processo no âmbito administrativo de semelhante teor”, no qual Conalgo apresentou defesa.

Fonte: Valor Econômico

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