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A Páscoa chegou e a produção de ovos deste ano cresceu 17% em relação a 2023, totalizando 58 milhões de unidades nos estabelecimentos comerciais físicos e virtuais em todo o país, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab). Esta é a 6ª data comemorativa mais relevante do comércio nacional.

Pelas estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), neste ano, o varejo deverá registrar um recorde de vendas, totalizando R$ 3,4 bilhões. Esse faturamento estimado pela CNC, se confirmado, será 4,5% superior ao pico de 2023, de R$ 3,3 bilhões, e 15,4% acima do faturamento registrado em 2019, antes da pandemia da covid-19.

De acordo com o economista sênior da CNC Fabio Bentes, a atividade econômica, assim como o mercado de trabalho, está mais aquecida neste início de ano e tem deixado o setor varejista mais otimista. “Os números da economia têm surpreendido positivamente no que se refere ao consumo. E essa valorização do real frente ao dólar em relação à Páscoa passada também deve ajudar no aumento do consumo de produtos tipicamente consumidos nessa época”, destacou. “O varejo, de fato, está apostando em uma Páscoa melhor”, frisou.

Ovos de chocolate: confira evolução do volume de vendas

Bentes lembrou que um indicativo dessa melhoria nas estimativas é o forte aumento da importação de produtos típicos da Semana Santa. A quantidade de chocolates importados nesse período avançou 21,4% em relação ao ano passado, e praticamente igualou o volume de compras de 2019 (3,4 mil toneladas), conforme dados tabulados pela CNC. Outro produto importado nesta época do ano, o bacalhau, apresentou salto de 69,9% nas quantidades importadas frente à Páscoa de 2023, totalizando 7,12 mil toneladas. O volume importado também foi recorde desde o início do levantamento da CNC, em 1997.

Entre os vilões dos preços neste ano, conforme levantamento da CNC, está o azeite de oliva, com pouco mais de 45% de aumento no preço. Já o bacalhau registrou queda de 3,2%, de acordo com a estimativa.

O economista da CNC ressaltou que a valorização do real ao longo do último ano compensou parcialmente a alta dos preços internacionais desses produtos. A taxa de câmbio do dólar às vésperas da Páscoa de 2023 era de R$ 5,20 e, atualmente, a divisa norte-americana se encontra abaixo de R$ 5, ou seja, um recuo de quase 4,3%. No mesmo intervalo, os preços médios de importação, tanto de chocolates quanto de bacalhau, recuaram 4,1% e 11,4%, respectivamente, segundo o levantamento da CNC.

Outros dados da Abicab comprovam uma melhora para as perspectivas da Páscoa deste ano. As empresas do setor contrataram cerca de 8 mil trabalhadores temporários neste período e está previsto que, pelo menos, 20% desse pessoal deverão ser efetivados. A entidade informou que as empresas associadas investiram em 115 novos produtos ampliando a variedade de itens para 611, como ovos clássicos, tabletes, caixas de bombom e chocolate em formas variadas para agradar todos os bolsos e fidelizar paladares cada vez mais exigentes em um território rico em sabores e cultura gastronômica diversificada, do Norte ao Sul do país.

No ano passado, o volume de chocolate produzido pelo setor somou 805 mil toneladas, aumento de 6% na comparação com 2022, quando as fabricantes entregaram 760 mil toneladas de chocolate no mercado.

As exportações de chocolate somaram 43 mil toneladas, gerando um saldo positivo na balança comercial, pois as importações do produto somaram 20 mil toneladas. O consumo per capita de chocolate também aumentou, passando de 3,6kg para 3,9kg, entre 2022 e 2023, de acordo com os dados da Abicab.

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